Previdência privada para não residentes fiscais - Conta CNR
Previdência é sinonimo e longo prazo, mas quando falamos dela para não residentes isso não é uma verdade. Previdência é SIM sinonimo de curto e médio prazo, pela vantagem tributária inerente a essa modalidade
Leonardo Marks
10/8/20252 min read
E se eu te dissesse que você pode investir no Brasil e pagar uma das menores alíquotas de imposto de renda do mercado? Para não residentes, a previdência privada se revela uma estratégia inteligente, indo muito além do planejamento de aposentadoria.
A Previdência Privada para Não Residentes: Uma Ferramenta de Otimização
Muitas pessoas associam a previdência privada a um plano de aposentadoria de longo prazo, com impostos que diminuem ao longo do tempo. Para o residente fiscal, isso é verdade. Mas para o não residente, a previdência privada assume um papel diferente: o de uma estrutura de investimento com uma das menores alíquotas fixas de imposto de renda no mercado: 15%.
Essa taxa fixa de 15%, que se aplica a todos os tipos de fundos dentro da previdência (renda fixa, renda variável, multimercados), muda a forma como encaramos o produto. Ao invés de ser um investimento de longo prazo obrigatório, ele se torna um fundo de investimento vantajoso, permitindo a gestão de patrimônio com benefícios fiscais, independentemente do período de permanência.
A única ressalva é a carência de 60 dias. Após cada novo aporte, é preciso aguardar esse período para solicitar o resgate. No entanto, uma vez que a carência é cumprida, a maioria dos fundos oferece liquidez em prazos curtos, geralmente entre 0 e 10 dias úteis.
Análise dos Produtos: Renda Fixa vs. Multimercados e Renda Variável
Ao montar sua carteira dentro da previdência privada, é essencial entender as diferentes opções de fundos e seus respectivos perfis.
Renda Fixa: Ideal para perfis mais conservadores, os fundos de renda fixa buscam replicar o desempenho da taxa Selic, o que oferece estabilidade. Um bom exemplo é um fundo que replica 100% o CDI, sem taxa de administração. Lembre-se, a rentabilidade exibida já considera o desconto das taxas, então um fundo de renda fixa com taxa de 1% pode ter um retorno líquido superior a um sem taxa, se for mais bem gerido.
Multimercados e Renda Variável: Para quem busca maior retorno e aceita mais risco, esses fundos são a escolha certa. O grande segredo aqui é analisar o benchmark (índice de referência) do fundo. Enquanto um multimercado pode ter o CDI como benchmark, um fundo de renda variável se baseia no Ibovespa, por exemplo.
É crucial entender que um fundo pode ter um desempenho momentaneamente inferior ao seu benchmark, mas isso não significa que ele é um mau investimento. Um fundo de renda variável que está perdendo para o Ibovespa, por exemplo, pode ser um investimento sólido e consistente a longo prazo.
Um exemplo prático é o BTG NTNB 2045, um fundo que está com baixa rentabilidade hoje porque está investindo em títulos de inflação de longo prazo. No cenário atual de juros altos, esse fundo perde para a Selic. No entanto, quando os juros começarem a cair, ele tem potencial para se tornar um dos mais rentáveis do mercado. Para um investidor arrojado, essa é uma oportunidade. Para um conservador, não.
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